Como transformar mão de obra em cabeça de obra

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Como transformar mão de obra em cabeça de obra

O termo “mão de obra” é usado no ambiente da construção civil para designar o seu principal insumo. Mas infelizmente, o uso da mão de obra como insumo ainda continua bastante inadequado. Temos vários motivos para que isso continue ocorrendo, o primeiro está no conjunto de crenças, valores e paradigmas que influenciam diretamente o processo decisório das empresas.

O problema

A busca da melhoria na produtividade e qualidade passa primeiro por transformar os próprios padrões de hábitos, costumes, crenças e valores. Nossas empresas possuem de uma maneira geral uma cultura e estilo gerencial muito autocrática, onde o poder é pouco distribuído. É um contrassenso querer que as pessoas adotem mudanças necessárias à sobrevivência da empresa sem lhes oferecer um ambiente onde de uma forma mais adequada elas possam usar os poderes à sua disposição. Quando se fala em poderes, deve-se levar em conta também o poder pessoal que é fundamental para que as pessoas pensem e possam ser as responsáveis pelas transformações necessárias em suas vidas e, como consequência, em sua organização. O grande desafio de um líder é produzir um ambiente em que as pessoas poderão transformar a “mão de obra” em “cabeça de obra”, o que é fundamental para se obter mais qualidade e produtividade. Como consequência disso tudo, temos o setor de construção civil muito refratário à implantação de tecnologias e de softwares (ver figura 3 – pesquisa da MCKinsey) fundamentais para o aumento de produtividade com consequente aumento da qualidade de vida dos operários do setor da construção civil.

Conselhos

  • A transformação empresarial começa com a necessidade de mudar. Só a partir de uma liderança que estabeleça, divulgue e acompanhe os rumos e estratégias claras de onde se está em relação aonde se quer chegar (estratégias e objetivos), é que as pessoas enxergarão esta necessidade de mudar;A empresa através de seu líder, precisa dar às pessoas, possibilidade de ter sentimentos para com ela, sejam eles, de permanência, aceitação, segurança e permissão. As pessoas não irão mudar a não ser que tenham estes sentimentos, pois é a partir deles que vai se desenvolver o principal, que é o sentimento de autoconfiança e que alguns dizem que é o sentimento de ser “dono do negócio”;
  • O empresário líder deve criar e verbalizar um conjunto de valores e princípios sólidos e duradouros que darão suporte a uma cultura onde se tenha uma visão comum e uma permanente redução das forças limitadoras;
  • O empresário líder deve estabelecer em conjunto com a empresa a sua missão e objetivos e, pessoalmente, compartilhar e cobrar o alinhamento das pessoas. Fazendo assim, o líder dará às pessoas um conjunto enorme de exemplos, sendo que o principal é a iniciativa;
  • A empresa deve assumir a responsabilidade de implantar e acompanhar o processo de desenvolvimento das pessoas que participam na busca de seus objetivos, lembrando que, pelo desenvolvimento dos indivíduos, os responsáveis são eles próprios. Qualidade, produtividade, competitividade e tecnologia avançada devem se apoiar no desenvolvimento das pessoas;
  • A empresa através de sua liderança e gestão deve integrar diferentes métodos, negócios, ferramentas em diversos processos e contexto, as pessoas passam a ser mais um ponto de atenção e dependência de sucesso nesse desafio. Elas devem ser escolhidas com muita atenção pois precisam de possuir características principais, como: o alinhamento à cultura; entender do negócio; dominar a tecnologia da informação; e conhecer os métodos e ferramentas de planejamento, orçamento e controle;
  • Em uma empresa onde os poderes das pessoas são liberados, certamente surgirão problemas. Nesse momento é preciso ter pessoas de mente e espírito abertos a novas alternativas. Todos necessitam ter os seus sentimentos e pensamentos validados;
  • As pessoas precisam de um processo de legitimação e reconhecimento das transformações que estão ocorrendo não só com a empresa, mas com elas também. Elas necessitam ter suas experiências validadas e mensuradas, ou seja, o quanto estão pagando pelas suas mudanças;
  • “Enterre o velho”. De maneira simbólica a empresa, deve enterrar o que já passou, as práticas antigas, os conceitos que não funcionam mais, os preconceitos, os valores defasados. E o mais importante, as culpas associadas às mudanças, também devem ser enterradas;

 

Concluindo, as transformações devem ser constantes. Os líderes efetivos transformam as pessoas e as empresas. Eles promovem estas transformações em suas mentes e corações. Ampliam sua visão e compreensão, criando e esclarecendo metas e desafios individuais, tornando os comportamentos congruentes com as crenças, os princípios e os valores. Só assim, os líderes receberão o reconhecimento e comprometimento das pessoas e poderão transformar a sua mão de obra em cabeça de obra.

Seguindo esses conselhos a chance de sucesso é certa!

*Marcelo Ribeiro de Godoi

Consultor, Mentor, Conselheiro e Palestrante

CEO da MGODOI Serviços Ltda

Telefone: +55 (31) 99982-9428

E-mail: [email protected]

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