Manifesto de Davos quer que tenhamos um consumo consciente

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Manifesto de Davos quer que tenhamos um consumo consciente

Quase 50 anos após o lançamento do primeiro Manifesto de Davos, o Fórum Econômico Mundial lança um novo documento para abordar as realidades de nosso tempo – mudanças climáticas, automação e globalização – ao mesmo tempo em que reafirma seu apoio a um modelo de capitalismo mais consciente, focado não apenas nos resultados para os acionistas das empresas, mas para todas as outras partes interessadas, como a sociedade, fornecedores, funcionários, entre outros.

O novo manifesto é assinado por Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, evento que reúne organizações não governamentais, empresas, acadêmicos e autoridades das principais economias do mundo para discutir temas relevantes para a sociedade.

Para Schwab, ao mesmo tempo em que as empresas devem recompensar os investidores que assumem riscos, também precisam ser responsáveis pelas comunidades e pela sociedade em geral.

Entre seus oito pontos, o manifesto recomenda que a remuneração de executivos seja vinculada à eficácia com que as empresas cumprem as metas sociais e ambientais.

O manifesto também reforça que as companhias devem ter “tolerância zero à corrupção” e que precisam conscientizar seus clientes das “implicações adversas” de seus produtos e serviços.

Além disso, o documento reforça ainda que “as empresas devem pagar sua parte justa dos impostos, defender os direitos humanos em todas as suas cadeias de suprimentos globais e incentivar um mercado competitivo”.

Para o autor, uma empresa deve ser mais do que uma unidade econômica geradora de riqueza e seu desempenho deve ser medido não apenas no retorno aos acionistas, mas também em como ele atinge seus objetivos ambientais, sociais e de boa governança.

Defender que as empresas priorizem o desenvolvimento sustentável em detrimento do retorno aos acionistas é, a longo prazo, benéfico para a companhia.

Em artigo publicado no site do Fórum Econômico Mundial, Schwab argumenta que a Geração Z, com jovens entrando agora no mercado de trabalho, não quer trabalhar, investir ou comprar de empresas que não possuem esses valores.

Para o autor, o sucesso de executivos e investidores está “intimamente ligado ao sucesso de seus clientes, funcionários e fornecedores”.

O novo Manifesto de Davos deve ser o que guiará as discussões do próximo Fórum Econômico Mundial, que acontece entre os dias 21 e 24 de janeiro em Davos.

Leandro Meireles

Revista Consumidor Moderno

 

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